Surgiram idéias do tipo:
- pistas de borracha para maior aderência dos carros e maiores velocidade nas curvas,
- pista flutuante em lagos e represas, autódromo coberto,
- autorama escala 1:1,
- controle remoto nos carros de verdade e pilotos usando um console de video game;
Mas, como é? Os pilotos ficariam sentados em simuladores de corridas, todos interligados em uma rede de alta velocidade visualizando as imagens filamdas em tempo real pelos carros e os simuladores de realidade virtual passariam as sensações de volta aos pilotos para eles se sentirem no cockpit? Sim, tudo isso aumentaria a segurança para os pilotos e avançaria em muito a realidade virtual e a indústria de games no mundo.
E o público? Iria visitar os boxes ou a computer room para ver os sofisticados servidores para gerar as imagens e simular todas as emoções para o piloto ter a mais real possível das sensações e assim pilotar o carro de forma mais real? Precisaria ter uma injeção de adrenalina para eles se sentirem realmente dentro dos carros?
Ou então o público poderia visitar a sala VIP de cada equipe onde cada um de seus pilotos estaria em um simulador sofisticado pilotando remotamente o carro da escuderia... ou se é para termos a realidade virtual o público poderia ao comprar o ingresso (pela internet) escolher um avatar e esse avatar iria conhecer o site dos boxes da equipe e encontraria com o avatar do piloto e dos mecânicos e chefe de equipe. Já pensou como seria o avatar do Galvão Bueno? Seria algo do outro mundo.
Agora vem a série dos "serás":Mas, será que seriam pilotos de verdade?
Será que seriam crianças habilidosas no uso do joy stick pilotando carros reais?
Será que existiria alguma equipe agindo de má fé e colocando um super computador pilotando o carro de forma impecável dotado de inteligência artificial e adaptando o estilo a cada volta conforme as modificações físicas do carro e da reação dos outros pilotos?
Será que várias equipes estariam agindo dessa forma e teríamos vários computadores jogando uns contra os outros?
Será que os pilotos (sejam eles adultos ou crianças) viajariam pelo mundo para pilotar as máquinas?
Será que aqui no Brasil a Telefônica com a Speedy deixaria a prova de fórmula 1 ser cancelada por falta de conexão com a rede mundial (os três ""Ws")?
Será que a Anatel tomaria atitudes mais energéticas se a emissora Globo exigisse providências contra a Telefônica?
Se as corridas entrarem num modo cibernético como o descrito acima, como ficariam os patrocinadores?
Teríamos espaços nos servidores e na tela de cada "piloto" onde empresas como Google colocariam propagandas (AdWords ou AdSense) conforme a região, hora, evento ocorrido durante a prova?
E o público será que iria aos autódromos assistir?
E em casa, teríamos as transmissões da TV para o público que não pode ir ao autódromo?
Será que o público teria interesse em ir ao autódromo sabendo que nada passa de um grande é gigantesco vídeogame?
Se as pistas perderem o público real (pessoas), será que as transmissões por TV e por webcast trariam a renda necessária para manter o evento?
E as meninas que ficam desfilando, como seria isso (não consegui imaginar)?
E o salário dos pilotos? Seria algo exageradamente elevado, ou dependeria de quantos cliques o piloto conseguiria direcionar para os sites patrocinadores?
É emocionante para quem vai pela primeira vez a uma pista andar pelo meio dos boxes, conversar com os pilotos e com os mecânicos das equipes, ver todos os carros bonitos, limpos, brilhantes prontos para desfilarem na passarela de asfalto como top models em desfiles de modas e os patrocinadores e chefes de equipes orgulhosos como se fossem os criadores da coleção que seria exibida em breve.
Muitas pessoas (diria que mais de mil) achando que são MUITO especiais por poderem estar nos boxes circulavam entre os carros, pilotos, fotógrafos, repórteres e curiosos, achavam que a festa toda ali era para elas, as "especiais" enquanto o público nas arquibancadas ficava imaginando como é que nós tínhamos conseguido entrar e o que seria necessário para estar lá perto das máquinas.
Mas, na verdade descobrimos que o show não é nosso de quem está nos boxes. Assim que os organizadores começaram a fazer um arrastão e pedirem para todos saírem de lá por que a prova tem horário certo para iniciar devido às transmissões ao vivo do rádio e da TV, descobrimos que o espetáculo de verdade é dos carros, protagonizados pelos pilotos, tendo como coadjuvantes as equipes e nós não passamos de figurantes.
Mais do que depressa esvaziamos os bastidores e nos retiramos para nosso local reservado para assistir ao desfile, digo corrida.
INOVAÇÃO, nenhuma. Mas, é isso que queremos, ouvir o barulho dos motores e sentir adrenalina correndo nas veias quando vemos um pega nas curvas e os carros tocando os parachoques e paralamas, ver a fumaça dos pneus subindo na hora da curva e aquele cheiro de combustível misturado com borracha queimada.
Para quê inovação nisso?
O mundo ainda é real, e nós como pessoas precisamos dessas sensações. O público interage com o público, e com a competição que está ocorrendo.
Foi demais!
Estou esperando a Fórmula 1 chegar esse ano.
Será que conseguirei ir aos boxes?
Será que receberei convites para entrar junto com o patrocinador?
Por enquanto fico no sonho!
Um comentário:
Cadê tu, DMNE? Esqueceu do blog? hehe
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