quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Olhar o detalhe ou olhar o macro?

Quando estamos desenvolvendo novos conceitos, novos produtos, novos processos nos deparamos com muita informação devido a resultados de pesquisas realizadas (quer seja em literatura, ou em grupos de usuários, ou benchmarking com a concorrência, ou análise de alternativas de investimentos, etc) e acaba trazendo mais dificuldade do que facilidades.

Uma frase atribuída a um samurai japonês (Miyamoto Musashi) diz: “em estratégia, é importante ver o que está distante como se estivesse perto e ver o que está perto de longe”. Muitas vezes nos perdemos no processo de desenvolvimento por não sabermos quando olhar para o todo e quando olhar para as partes. Ficamos presos em detalhes das partes quando deveríamos estar olhando para o conceito maior, ou ainda, ficamos no nível conceitual durante uma fase de detalhamento. Alinhar esses momentos é um dos  maiores desafios quando se trabalha em equipe.

Talvez um caminho proposto para as equipes, e principalmente para os líderes das equipes, é ter uma linha lógica para vender o projeto em que está ou pretende ser desenvolvido.

Pode-se dividir em 2 partes:

  • Preparação: a definição do problema, ou a explicação do problema, das necessidades. Antes de apresentar a resposta, o problema deve estar claro, todos os envolvidos devem compreender os detalhes do problema. É a fase da construção de expectativa para a próxima etapa.
  • Proposição: o conceito e o caminho da solução é introduzido. O momento deve ser extraordinário, o emocional e o racional  têm que responder a todos os pontos levantados na introdução e na problematização, e devem explicar da forma mais simples possível, a linha de raciocínio usada. Idéias chegam por um caminho intelectual, racional, e é exatamente por essa história que a idéia será julgada. Por isso, uma boa história de diferenciação é aquela que deixa claro o caminho intelectual usado, as conexões que foram  feitas, na qual teses e evidências são colocadas de forma organizada como uma sequência de notas em uma música.

O verdadeiro superpoder dos inovadores é a sua capacidade de síntese. Conseguir escolher os ingredientes certos, processá-los e aprensentá-los da maneira correta para solucionar e causar surpresa é a essência da atitude inovadora. Isso não éprivilégio de quem de alguma forma já nasceu com esse dom, mas como quase tudo na vida, pode ser alcançado com treinamento, com o uso de exercícios de síntese e adquirindo-se experiência, isso pode tornar-se natural e executados de forma automática e incosciente.

(esse texto foi inspirado no livro A Máquina de Inovação de meu amigo Charles Bezerra)

A Máquina de Inovação – Mentes e Organizações na Luta por Diferenciação

Outro livro do mesmo autor: O Designer Humilde

Recomendo a leitura. Fácil e com muita informação para ser explorada.

(visite meu blogspot: http://e-innovate.blogspot.com)

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