Muitas idéias submetidas em portais tipo ThinkTank precisam ser analisadas e dar o devido feedback para quem submeteu a idéia.
Muitos podem valorar as idéias e contribuir com sugestões e melhorias. Alguns sistemas permitem negociar idéias tipo uma bolsa de valores faz com ações. As idéias que ganham mais votos, mais sugestões ou são mais negociadas ganham valor.
Não é uma tarefa fácil, ainda mais quando o portal de idéias é aberto para qualquer tipo de idéia. Uma alternativa é abrir o portal para receber idéias apenas por períodos específicos de tempo, com um objetivo bem declarado, ou melhor, um foco para que as idéias tenham um norte. Dessa forma é bem mais fácil analisar as idéias, contribuir com novas idéias para melhorar as que já foram submetidas e escolher quais seguirão adiante.
Também é mais fácil para descartar as idéias que não tem o foco proposto sem ofender os "donos" das idéias e deixá-los ainda com vontade de participar de processos de geração de idéia futuros.
Muitas vezes os contribuidores de idéias querem uma recompensa, e de preferência em dinheiro. O discurso é mais ou menos o seguinte: "Por que eu vou dar minhas idéias e sugestões para a empresa lucra? E eu, não ganho nada com isso?"
A política de premiação varia de empresa para empresa, e na maioria das vezes não agrada aos contribuidores de idéias do sistema. Muitas vezes ouvimos ao rejeitar educadamente (e com respaldo técnico/comercial) uma idéia que então a pessoa irá procurar ela mesmo implementar a idéia e lucrar com isso. Gera estresse, desgaste e muita conversa para poder manter o contribuidor motivado e engajado no processo.
Mas, se sua idéia é realmente boa...
Nas minhas pesquisas e buscas me deparei com um site, ou melhor um processo no qual o contribuidor de idéias tem que realmente acreditar em sua idéa, ou melhor elaborar bem sua idéia, para que o dinheiro investido não seja dinheiro jogado fora.
http://www.quirky.com
Investir dinheiro na idéia?
Isso mesmo, quem submete uma idéia paga dinheiro de verdade para o sistema. Se a idéia seguir a frente no funil de inovação, virar produto e der lucro para a empresa o contribuidor recebe sua parte nos lucros.
Mas, se vários contribuiram em cima de uma idéia quem deve ficar com o lucro? Solução fácil, basta atribuir nota (ou pontos) para cada parcela de contribuição e depois dividir o lucro. O sistema permite contribuições na idéia desde modificações significativas, como definição de CMF (color, material and finishing), preço de venda, nome do produto e outros.
O feedback retorno com informações de mercado ou de consumidores, no caso da idéia ser rejeitada, e com a inteligência de mercado recebida em troca a pessoa pode melhorar a idéia e resubmetê-la.
Site de relacionamentos QUIRKY (ou seria um banco de idéias?) consegue se manter apenas com os valores pagos pelas idéias submetidas. Existe uma legião de colaboradores com vontade de ver suas idéias na prateleira das lojas, apostando nelas e contribuindo com outros.
Seria isso OPEN INNOVATION? ou seria isso COLABORATIVE INNOVATION?
Como saber se a idéia será campeã de vendas? outra solução simples. Antes de partir para a produção em massa, os produtos já definidos e prototipados são colocados para pré-venda. Assim que a quantidade mínima for atingida (ou seja, o breakeven do produto for alcançado) inicia-se o processo de produção em massa já sabendo que não incorrerá em prejuízos, pois já tem vendas realizadas apenas aguardando para entregar aos clientes.
A maioria das empresas ainda ficam presas em políticas internas e dificultando o acesso dos funcionários para colaborarem ativamente no sucesso da empresa através de idéias que podem ser geradas internamente.
Inovar não é difícil.
Difícil é acertar a máquina organizacional para aceitar as inovações, e aceitar que as inovações podem vir de qualquer lugar da empresa e não apenas da engenharia, ou do time de marketing. Basta investir e criar um sistema semelhante e mantê-lo vivo.
Quem paga para submeter uma idéia é porque realmente acredita nela, ou já fez sua lição de casa de melhorar a proposta pensando inclusive nos aspectos práticos de implementação e nos aspectos comerciais. Contabilizar lucro com uma idéia é inovação. Apenas ter a idéia não é inovação.
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