sexta-feira, 25 de julho de 2008

Inovação no Setor Público - parte 2


Primeiramente devemos levar em consideração que o setor público é muito grande e cobre diversas áreas de atividades como: Saúde pública, educação, administração pública, saneamento e infra estrutura, limpeza pública, planejamento urbanístico, direcionamento estratégico para setores importantes da economia, etc...

Peter Druker escreve em seu livro Innovation and Entrepreneurship (Inovação e Empreendedorismo) de 1985 sobre o assunto.

Ele diz que uma grande inovação seria o quarto setor, o de parcerias público-privado, onde as unidades do governo, ao seu menor nível (tanto estados ou municípios) determinem padrões de performance e de qualidade e provisionem o dinheiro. Aí eles contratariam empresas prestadoras de serviço, pagariam pelo serviço e cobrariam resultados. Não é isso que acontece nas empresas privadas nas quais trabalhamos?

Hoje em dia a terceirização está muito presente em todas as empresas. O setor inteiro de logística, todo o setor de assistência técnica, mão de obra de linhas de produção inteiras estão terceirizadas e funcionando dentro da própria empresa com o equipamento da empresa contratante, ou então sendo manufaturadas em empresas externas contratadas para essa função.

Se funciona no setor privado - que caso não entregue os produtos no prazo certo, não atenda os requisitos de qualidade esperados, não atinja o custo necessário, não forneça um serviço de atendimento adequado (exemplo telemarketing) eles perderão lugar para a competição - por que não funcionaria no setor público?

Alguns exemplos já estão acontecendo no nosso país, mais de forma muito modesta. Não sou pesquisador nem consultor nessa área, mas a coleta de lixo já acontece dessa forma, certo? Ou são os "lixeiros" e "garis" funcionários públicos?

Mas, isso deveria ser legislado na esfera federal e muitos servidores acabariam perdendo seus empregos "garantidos com aposentadoria integral" para dar lugar aos profissionais que ou executam de forma eficiente e com qualidade ou perdem o emprego.

Para o governo, a folha de pagamento (e encargos) que é gigante e prejudica muito o crescimento do país nessa economia moderna, globalizada e agressiva, e força o governo a cada vez aumentar mais os impostos e sem o foco devido acaba perdendo a oportunidade de direcionar os recursos para onde realmente são importantes e trariam crescimento para o Brasil.

Caberia para o governo ter um time de excelentes gestores para direcionar o trabalho dos contratados e deveríamos focar e treinar os melhores estrategistas para direcionarem o país.

Aos políticos deveriam ficar os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo mas atuando em parceria com a iniciativa privada no que diz respeito a administração pública.

Com o crescimento que o país teria, e a demanda por profissionais especializados nessa "nova" área de atuação, geraria emprego para todos que fossem deslocados do trabalho da "repartição" deixando espaço para aqueles que estão lá dentro querendo realmente produzir e realizar o trabalho seriamente e muitas vezes não podem por causa da própria pressão interna que presjudicaria outros que estão apenas encostados esperando a hora de se aposentarem (com salário integral).

Precisamos de uma revolução (sem armas) e dentro dos legisladores para poder mudar e ver o país crescer.

5 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DMNE disse...

Marcos, entendi seu comentário. Mas, veja o lado bom... você "ganhou" uma sala só para você. Isso em muitas multinacionais consideram "promoção".
Se tiver janela, melhor ainda :-)

Mas, acredito que a isolação feita parece mais uma blindagem para você não querer modificar algumas coisas, ou não saber para não prejudicar o modus operandi
Mas, precisamos acreditar em nosso caráter e modificar as pequenas coisas ao nosso redor. Não é fácil, mas é onde temos acesso e poder de mudar.

Podemos iniciar esse ciclo dentro de casa, na educação de nossos filhos e em uma ou duas gerações o mundo poderá estar melhor. Podemos ser voluntários na escola das crianças e fazer uma palestra abordando ética e honestidade para dispertar e gerar consciencia na própria casa das crianças e fazerem seus pais pensarem no que estão ensinando ao agirem de forma ambígua ou mesmo "ilegal" na compra de CDs DVDs e games piratas, e outros.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DMNE disse...

Fico feliz em saber que temos gente séria por aí. Sempre acreditei nisso, e tomo muito na cabeça por acreditar que os outros fazem aquilo para o qual foram treinados e o fazem para o bem e não para prejudicar ninguém.
Mas, ainda acredito que se fizermos nossa parte, o mundo será um lugar melhor para se viver.

Um abraço e conte comigo no que precisar.

Rodrigo Soares disse...

O grande entrave para estas mudanças sugeridas é, a meu ver, a falta de políticos sérios, que estejam dispostos a lutar contra os sindicatos dos funcionários públicos. Esta categoria representa alguns milhões de eleitores, e para os "políticos" de hoje em dia, somente isto importa.