sexta-feira, 24 de julho de 2009

A moça do cafezinho

Esbarrei no texto que transcrevo abaixo, datado de 1998. Percebam que faz mais de 10 anos e a situação descrita parece extraída dos noticiários dessa primeira metade de 2009.

Fábula dos dois leões

(Por Stanislaw Ponte Preta - Extraído do livro "Crônicas de Humor Carioca", publicado em 1998)

Diz que eram dois leões que fugiram do Jardim Zoológico. Na hora da fuga cada um tomou um rumo, para despistar os perseguidores. Um dos leões foi para as matas da Tijuca e outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões de todo jeito mas ninguém encontrou. Tinham sumido, que nem o leite.

Vai daí, depois de uma semana, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas da Tijuca. Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado do PTB que arranjasse vaga para ele no Jardim Zoológico outra vez, porque ninguém via vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E, como deputado do PTB arranja sempre colocação para quem não interessa colocar, o leão foi reconduzido à sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrava do leão que fugira para o centro da cidade quando, lá um dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde. Apresentava aquele ar próspero do Augusto Frederico Schmidt que, para certas coisas, também é leão.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para as florestas da Tijuca disse pro coleguinha: - Puxa, rapaz, como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa saúde? Eu que fugi para as matas da Tijuca, tive que pedir arreglo, porque quase não encontrava o que comer, como é então que você...vá, diz como foi.

O outro leão então explicou: - Eu meti os peitos e fui me esconder numa repartição pública. Cada dia eu comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

- E por que voltou pra cá? Tinham acabado os funcionários?

- Nada disso. O que não acaba no Brasil é funcionário público. É que eu cometi um erro gravíssimo. Comi o diretor, idem um chefe de secção, funcionários diversos, ninguém dava por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho... me apanharam.

(referência: http://www.jrsantiago.com.br/bau_17.html )

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Seria isso uma gambiarra?

A foto que ilustra esse post não pode ser propriamente considerada uma gambiarra.

11-10-08_114103Pela definição informal que tenho sobre gambiarra, a palavra é usada para descrever aquele cordão de fios com soquetes de lâmpadas estendido sobre o arraial para iluminação pública. Muito utilizado em quermeces e festas juninas.

Mas, digamos que por algum motivo o instalador não teve o material necessário para fazer a instalação e não se intimidou por conta disso.

Ao atravessar com a fiação de um lado a outro da via (a altura do poste usado e a fiação que já passava pela via estavam no mesmo alinhamento), o instalador com muito capricho amarrou uma corda separando as fases e afastou essas fases da fiação da rua que iria cruzar, com a própria corda, amarrando essa em alguns blocos cerâmicos para manterem a fiação tracionada para baixo.

Não sei como a CPFL não retirou essa instalação, apenas sei que passado 1 ano, voltei ao local (área rural de Cosmópolis-SP) e a instalação continuava da mesma forma.

Uma coisa posso dizer, houve inovação com certeza. (Espero que esse post não estimule mais inovações dessa natureza) :-)

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Inovar no uso do email, pra quê?

Parece que todos já conhecemos essas dicas, mas na prática vemos poucos colocando em prática. Seria uma excelente maneira de inovar no nosso dia-a-dia e a melhora da comunicação traria grandes benefícios para as empresas e para a nossa própria produtividade.

Todos sabemos que o excesso de emails atrapalha a produtividade. Muitos ao terminar o dia (se é que conseguem terminar antes do calendário virar para o dia seguinte) e conseguem refletir sobre o que realizaram percebem que ficaram escravos dos emails recebidos e respostas que precisaram dar, ou nem conseguiram identificar quais emails precisavam realmente ser respondidos.

Eu acredito que a tecnologia é criada para nos ajudar e sempre tentei ser amigo da tecnologia. Resolvi que é inútil brigar contra a nova tecnologia, e portanto fazer o melhor uso da tecnologia é uma tremenda arma para lutar a meu favor (a favor da minha produtividade).

Seguem algumas técnicas para ajudar a não ficar afogado nos emails:

  • Direcionar (através de filtro) todos os emails no qual você foi copiado para uma pasta de “buffer”. A maior parte das vezes essas mensagens não precisam ser guardadas. Algumas precisam ser lidas e outras nem isso. Após ler, apague.
  • Mensagens com mais de 6 meses costumam não ter muita  (ou nenhuma) utilidade. Apague ou arquive essas mensagens antigas. Verifique a frequência na qual você retorna a essas mensagens e se o assunto for muito importante, crie um repositório (tipo WIKI) para consultas futuras.
  • Todas as mensagens devem ser classificadas por categorias (ou labels) no momento que são recebidas. Por exemplo:
    • Ação – coisas que precisam ser feitas, mais ou menos urgentemente. Mensagens que precisam ser respondidas.
    • Informação – precisam ser lidas rapidamente e categorizadas imediatamente.
    • Negócios – tanto negócios relevantes ao seu trabalho como SPAM (separe em dois tipos)
    • Irrelevante – Precisam ser apagados na hora que recebeu.
    • Inapropriado – Geralmente muito longos e poderiam ser facilmente substituídos por uma rápida conversa telefônica.
    • Abusivas – reclamações e acusações públicas copiando muitas outras pessoas. Ou descarte essas mensagens ou tente conversar com a pessoa diretamente. Não responda dando continuidade ao assunto.
  • Não envie emails tarde da noite. Mensagens noturnas não provam que você é um profissional dedicado, mas sugere que não conseguiu tratar o assunto durante o período normal. Claro que quando fusos horários e times espalhados pelo mundo estão envolvidos isso deve ser tratados de forma diferenciada. Emails noturnos podem servir de prova que alguém estava trabalhando longas horas e requerer horas extras ou adicionais por estar de plantão. As empresas deveriam avaliar um bloqueio para que mensagens fossem enviadas após determinados horários conforme o turno de trabalho do funcionário.
  • Envie poucas mensagens que receberá poucas em retorno. Simples assim.
  • Não escreva mensagens maiores que 2 parágrafos.
  • Não fique conectado com seu mailbox o dia todo. Trate email como uma atividade dando o foco necessário por um período de tempo apenas (2 ou 3 vezes ao dia). Ficar verificando a cada 5 minutos se tem novas mensagens evita que tenha um dia produtivo com fluência de atividades. Mesmo se aplica para Blackberry e outros dispositivos móveis.
  • Se receber uma mensagem maior que 2 parágrafos, faça uma ligação rápida para o originador ou então converse por “instant message” e resolva rapidamente o assunto. Muito melhor que uma resposta longa e enrolada que no final terminará em uma ligação telefônica de qualquer maneira.
  • Não use emails para armazenar arquivos. Ao receber um arquivo, guarde em local apropriado (repositório web ou WIKI) e apague o email.
  • Tarefas complexas para escrever documentos como contratos ou especificações são muito melhor executadas através de reuniões virtuais ou presenciais.
  • Enviar arquivos anexos à mensagens não são a melhor opção. Armazene em um repositório web e envie o link apenas. Já pesquisei isso com usuários e todos sugeriram isso, mas nenhum deles (ou pouquíssimos o fazem).
  • Evite perguntas abertas ou complexas por email. Prefira usar IM ou telefone para esse tipo de assunto.
  • Mantenha todos os emails pessoais em uma conta separada, preferivelmente em serviço de webmail, não apenas como forma de aumentar sua produtividade no trabalho mas também para garantir e proteger sua privacidade.

Emails podem ser muito úteis, mas usados de forma errada podem facilmente ter um impacto negativo em sua imagem e sua produtividade.

Não fique com medo de usar novas ferramentas que estão continuamente aparecendo, mas evite usá-las de forma a roubar seu foco e sua produtividade.

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Nova Geração, novas atitudes, novos valores…

Assisti ao vídeo da apresentação de Larry Lessig (advogado especialista em direitos autorais e internet) no TED – Ideas worth spreading – e recomendo aos interessados e curiosos assistir também.

Ele menciona a forma como os jovens de hoje estão manipulando o conteúdo gerado por outros e dando novas formas e novas dimensões à conteúdos já existentes e disponibilizados, mas muitas vezes protegidos por copyright. Isso é uma contravenção? É uma quebra de direitos autorais? É um roubo de propriedade intelectual? É uma pirataria?

Se analizarmos pelo fato de estarem usando conteúdo gerado por outros sem terem a licensa de usá-los fornecida pelos autores, podemos dizer que: SIM, estão violando direitos autorais e praticando pirataria.

Mas, se considerarmos que estão gerando conteúdo novo, algo que não existia antes, e apenas fazendo uma releitura das imagens e sons, podemos dizer que: NÃO, não estão violando os direitos de ninguém.

Muitos (ou quase todos) da geração nova que conheceu a internet já no berço, desconhece ou faz questão de ignorar, a propriedade intelecutal alheia no que se refere a direitos autorais. Dizem que inibe a criatividade, que impede o avanço de tecnologias e expressões artisticas. Ao fazer isso (ignorar as leis vigentes) os jovens de hoje estão conscientemente vivendo “fora da lei” (para não dizer que estão vivendo como marginais que seria muito forte) e essa geração com essa nova mentalidade e filosofia “fora-da-lei” podem causar transformações não imaginadas na sociedade. Se essa transformação será boa ou ruim não sabemos, precisaremos esperar e conferir no futuro.

O que Larry L. questiona é se não seria mais prudente modificar o entendimento da lei de copyright e proteção de direitos autorais para que a nova cultura cirada pela geração de internautas autais não transforme a sociedade em alguma coisa que não respeita limites e leis de nenhuma natureza (talvez eu tenha modificado um pouco o que ele disse, confira por si mesmo o que ele disse no vídeo).

É algo que devemos continuamente estar pensando e refletindo a respeito, tirarmos nossas próprias conclusões e agirmos de acordo com nossa consciência e ética.

Eu mesmo me questiono se falar a respeito da obra dos outros, ou de conteúdos apresentado em palestras de outros é uma violação de direito autoral… mas, minha consciência me dá liberdade para isso, dessa forma eu posto aqui nesse blog.

Link do vídeo: clique aqui para assistir

Para quem não conhece o TED, vale a pena conhecer e navegar. Tem muito material interessante (link abaixo).

http://www.ted.com/talks/larry_lessig_says_the_law_is_strangling_creativity.html

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