sábado, 27 de novembro de 2010

Fazer mais com menos. (Qual o próximo mantra?)

Durante os últimos anos, e parece que agravado pela crise de 2008, as empresas estão se esforçando ao máximo em fazer mais com menos. Menos recursos financeiros, menos investimentos, menos mão de obra, menos produtos, menos…, menos…, menos… até quando?

Esse conceito de fazer mais com menos se tornou um mantra. Alguns chamam de six sigma, outros de lean manufacturing, lean management, etc. É mais fácil cortar custos e recursos para manter um certo nível de performance nos negócios do que investir em novas pessoas e novos produtos na expectativa de crescer a receita (e a lucratividade).

Conhecendo essa “nova” forma operacional, fica difícil entender onde a inovação se encaixa. Continuar a cortar, cortar, cortar (menos, menos, menos) pessoas, idéias, capacidades, skills irá com certeza danificar no longo prazo a competitividade e inovação. A economia irá reagir e virar a mesa. As empresas que estiverem investindo, no grau possível que for, em inovação serão as que estarão melhor posicionadas para tomar a liderança na retomada do crescimento econômico pleno.

Não existe um momento correto para inovar. Quando as empresas enfrentam crises é fácil argumentar e conseguir adeptos suportando a idéia que investimentos adicionais não valem a pena. Quando os tempos são favoráveis para os negócios e a empresa está crescendo a desculpa se torna que a inovação irá distrair a empresa do “core business” e isso retiraria dinheiro  e recursos para longe dos produtos e serviços que estão trazendo o faturamento e receita e lucro para empresa. Dessa forma é fácil de concluir e argumentar que inovação custa muito e distrai muito em qualquer condição de mercado (favorável ou desfavorável). Sim, as empresas que não inovarem iram sucumbir.

A pergunta continua: “INOVAR para QUÊ?”

Num momento histórico que estamos de fazer mais com menos, quando é fácil descartar investimentos em inovação, como será posssível inovar uma vez que a alternativa para não inovação é a obsolecencia?

Voltando ao tema do post “Fazer mais com menos”  a inovação pode levar a um passo à frente: FAZER O IMPOSSÍVEL COM NADA!

A próxima pergunta então deve ser:
“Como fazer inovação com baixo custo e grande impacto?”

Vamos pensar em 3 idéias simples e o quanto custam para ser implementadas:

  1. Identificar idéias
  2. Gerenciar as idéias eficazmente
  3. Trazê-las para o mercado

Todas as empresas deveriam ter um orçamento (budget) para inovação, seja ele do tamanho que for. É possível gerenciar a inovação e o investimento em inovação e conseguir grandes retornos, mas não é possível ter retorno se nenhum investimento ocorrer.

Referência: http://www.business-strategy-innovation.com

(visite meu blogspot: http://e-innovate.blogspot.com)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Olhar o detalhe ou olhar o macro?

Quando estamos desenvolvendo novos conceitos, novos produtos, novos processos nos deparamos com muita informação devido a resultados de pesquisas realizadas (quer seja em literatura, ou em grupos de usuários, ou benchmarking com a concorrência, ou análise de alternativas de investimentos, etc) e acaba trazendo mais dificuldade do que facilidades.

Uma frase atribuída a um samurai japonês (Miyamoto Musashi) diz: “em estratégia, é importante ver o que está distante como se estivesse perto e ver o que está perto de longe”. Muitas vezes nos perdemos no processo de desenvolvimento por não sabermos quando olhar para o todo e quando olhar para as partes. Ficamos presos em detalhes das partes quando deveríamos estar olhando para o conceito maior, ou ainda, ficamos no nível conceitual durante uma fase de detalhamento. Alinhar esses momentos é um dos  maiores desafios quando se trabalha em equipe.

Talvez um caminho proposto para as equipes, e principalmente para os líderes das equipes, é ter uma linha lógica para vender o projeto em que está ou pretende ser desenvolvido.

Pode-se dividir em 2 partes:

  • Preparação: a definição do problema, ou a explicação do problema, das necessidades. Antes de apresentar a resposta, o problema deve estar claro, todos os envolvidos devem compreender os detalhes do problema. É a fase da construção de expectativa para a próxima etapa.
  • Proposição: o conceito e o caminho da solução é introduzido. O momento deve ser extraordinário, o emocional e o racional  têm que responder a todos os pontos levantados na introdução e na problematização, e devem explicar da forma mais simples possível, a linha de raciocínio usada. Idéias chegam por um caminho intelectual, racional, e é exatamente por essa história que a idéia será julgada. Por isso, uma boa história de diferenciação é aquela que deixa claro o caminho intelectual usado, as conexões que foram  feitas, na qual teses e evidências são colocadas de forma organizada como uma sequência de notas em uma música.

O verdadeiro superpoder dos inovadores é a sua capacidade de síntese. Conseguir escolher os ingredientes certos, processá-los e aprensentá-los da maneira correta para solucionar e causar surpresa é a essência da atitude inovadora. Isso não éprivilégio de quem de alguma forma já nasceu com esse dom, mas como quase tudo na vida, pode ser alcançado com treinamento, com o uso de exercícios de síntese e adquirindo-se experiência, isso pode tornar-se natural e executados de forma automática e incosciente.

(esse texto foi inspirado no livro A Máquina de Inovação de meu amigo Charles Bezerra)

A Máquina de Inovação – Mentes e Organizações na Luta por Diferenciação

Outro livro do mesmo autor: O Designer Humilde

Recomendo a leitura. Fácil e com muita informação para ser explorada.

(visite meu blogspot: http://e-innovate.blogspot.com)