terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Por que a minha empresa não inova?

Mas por que a minha empresa não inova?

Esta pergunta persegue muitos gestores que não conseguem entender por que sua empresa não inova! 
Por que sua equipe não inova? 
Por que sempre somos seguidores e nunca lançamos “moda”? 
Por que o meu “vizinho” que tem um porte menor que o meu consegue inovar e eu não consigo? 

Essa resposta pode ser encontrada dentro da sua própria organização.


A matéria escrita no portal PORTUGAL DIGITAL nos faz pensar nas barreiras que existem dentro das empresas nas quais trabalhamos, no ambiente que estamos inseridos, na conjuntura da própria empresa e no planejamento estratégico da empresa de curto, médio e longo prazo.

Também nos faz pensar sobre o sistema de recompensas pelas tarefas executadas, e não as tentativas frustadas presentes nos processos de inovação.

Quanto será que a burocracia interna dificulta a adoção e implementação de inovações? Será que isso por si mesmo não inibe e dificulta a inovação dentro da empresa (seja em produtos e serviços ou nos processos internos).

"Com estas características as organizações deixam de inovar e acabam perdendo não só as idéias, mas também seus criadores que buscarão abertura para se desenvolverem em outras organizações. 
Cria-se então um círculo vicioso e mesmo aqueles que virão serão impregnados pela cultura existente e com certeza não explorarão suas idéias. 
Como o fator se torna cultural, a mudança levará tempo para que a empresa possa se tornar inovadora."

Gostei do texto e trouxe aqui para que outras pessoas tomem conhecimento e pensem a respeito do assunto. (siga o link acima para encontrar o texto no portal)

*******************************************
(para registro trouxe cópia do texto do link http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=8101849&indice=0&canal=166  para ficar como referência futura.)

É um truísmo falar de crise hoje em dia! Ela chegou e se instalou, mesmo sem ser convidada! E agora? Para a tranqüilidade dos empresários e da força de trabalho, existe uma saída: a inovação! Mas por que a minha empresa não inova? Esta pergunta persegue muitos gestores que não conseguem entender por que sua empresa não inova! Por que sua equipe não inova? Por que sempre somos seguidores e nunca lançamos “moda”? Por que o meu “vizinho” que tem um porte menor que o meu consegue inovar e eu não consigo? Essa resposta pode ser encontrada dentro da sua própria organização.

Existem várias barreiras à inovação organizacional que estão ligadas ao método e estilo de administração atualmente adotado. Você já se perguntou como funciona o sistema de recompensas da sua organização? Qual o horizonte de tempo e a visão no qual estão trabalhando? Como é burocrático o processo de aceitação de mudanças? Quão propício é o ambiente para aceitação de riscos? Como se define a sua cultura organizacional frente à inovação?

Visão e horizonte de tempo curto, galgando o resultado imediato. Esta é a realidade de muitas organizações. Freqüentemente têm-se gestores cobrando resultados de sua equipe, porém os resultados são sempre decorrentes de ações de curto prazo. Batemos a meta deste mês? Será que entregaremos o relatório até o final do mês? E quando muito o horizonte se estende para o trimestre. E onde fica o tempo e a dedicação para ações de longo prazo? Sim, aquelas soluções inovadoras que precisam de tempo para serem geradas, testadas e implementadas! O nosso horizonte está muito arraigado a ações pontuais e de curto alcance o que nos impede de alçarmos vôos mais longos e inovadores.

O segundo ponto é o atual sistema de recompensas encontrado nas empresas. O que o seu sistema de recompensas leva em consideração? A inovação, ou suas tentativas? Pouquíssimas empresas avaliam isso, ao contrário fortalecem o espírito conservador, aquele que cumpra e supere metas relacionadas a vendas ou a fatores pontuais como os acima mencionados. Qual a motivação de se assumir riscos e tentar, se não há recompensa por isso? Desta forma a organização se solidifica em sistemas e procedimentos que também necessitam de inovação.

Ainda temos problemas com o racionalismo e a burocracia excessiva. Para cada idéia solicita-se às pessoas que preencham relatórios, analisem exaustivamente as possibilidades de fracasso, realizam-se infindáveis reuniões e o proponente acha o processo tão burocrático que abandona a inovação no meio do caminho.

Soma-se a isso a presença de líderes conservadores que prezam pela “eficiência do mesmo”, ou seja, faça sempre o melhor, mas do mesmo jeito! Na maioria das vezes estes líderes não são receptivos a novas idéias, pois os tornam inseguros diante das possíveis mudanças, rejeitando às inovações. Esse conservadorismo é resultado da soma dos pontos acima relatados.

Com estas características as organizações deixam de inovar e acabam perdendo não só as idéias, mas também seus criadores que buscarão abertura para se desenvolverem em outras organizações. Cria-se então um círculo vicioso e mesmo aqueles que virão serão impregnados pela cultura existente e com certeza não explorarão suas idéias. Como o fator se torna cultural, a mudança levará tempo para que a empresa possa se tornar inovadora.

Como sugestão para se iniciar esta mudança está o estabelecimento de metas e recompensas baseadas em ações inovadoras, aliadas às atuais metas e recompensas vigentes. Com isso busca-se a motivação dos envolvidos no dia-a-dia organizacional. Alia-se a isso o constante apoio da alta direção e a flexibilização do transito de idéias e informações pela empresa. O resultado não é imediato, mas surge com o tempo e é extremamente recompensador. Quem sabe assim as empresas possam driblar essa e outras crises.

* Gustavo Abib é professor universitário nos cursos de pós-graduação da ESIC Business & Marketing School e doutorando em administraçã pela UFRGS.M

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Márcio,

Aqui é o Rafael do Instituto Inovação.

Estivemos conversando na quinta feira após o carnaval. Li este texto e achei bem interessante. Já vi em "n" casos, aquela velha história. A pessoa chega em uma empresa, toda empolgada, trazendo mil e uma novas ideias. Ao conhecer, entretanto, como as coisas ocorrem internamente, a pessoa desiste de implantar suas novas idéias e fica focada na "mesmice".

Pois é assim que será cobrada e, portanto, avaliada. Um de nossos desafios aqui é discutir como implementar novas formas de avaliação que fomentem a inovação.

Em muitas situações, o inovador é prejudicado, pois as suas ações sugeridas (em geral, novas ações que a empresa ainda não conhece) envolvem riscos. Percebemos, infelizmente, que as empresas ainda não sabem lidar com isso.

" - Se tem risco, o melhor é refletir mais e esperar o momento apropriado para começar este projeto. Agora, não seria prudente" Frases como essa, ainda são pronunciadas por muitos gerentes e coordenadores de áreas importantes das empresas "all over the world".

É uma pena saber que algumas pessoas agem assim. É claro, que não defendemos a aprovação sem crítérios claros, simplesmente por se tratarem de projetos inovadores. Contudo, sabemos que a cultura interna das empresas (com pessoas muito preocupados em "não trocar o certo pelo duvido") tem prejudicado bastante as inovações.