terça-feira, 17 de março de 2009

Custo da Inovação

Outro dia em uma conversa disse para um colega que "muito dinheiro dificulta o processo de inovação interno."

Disse isso porque muitas vezes, a empresa ao invés de se dedicar a pesquisar e buscar soluções inovadoras (dentro da própria empresa), busca soluções prontas disponíveis para serem vendidas. Isso não é um problema por si só.

Não devemos acreditar que tudo deve ser criado internamente, ou que tudo deve vir dos laboratórios de pesquisa internos da empresa. Mas, existe um certo perigo nas soluções comerciais disponíveis no mercado: todos tem acesso à essas soluções.
Se todos adotam essas soluções, isso deixa de ser um fator diferencial e competitivo para a empresa.

O perigo de ter "muito dinheiro" é querer comprar empresas que já se desenvolveram na tecnologia prospectada como "inovação necessária" e após a aquisição da nova empresa, descobre-se que a tecnologia adquirida não é exatamente o que se necessitava e ajustes ainda são necessários. Algumas pessoas chaves podem ser perdidas no processo de aquisição e avanços e ajustes se tornam quase impossíveis de ocorrer.

Já vi acontecer algumas vezes e sei que se repetirão por muitas outras nos mais diversos ramos de atividade, onde após o processo de aquisição, a empresa ou tecnologia adquirida é deixada de lado e o dinheiro "investido" acabou na verdade sendo disperdiçado.

No artigo da Harvard Business Review (link) o autor mostra entre outras coisas que durante as crises existem muitas ameaças e muitas oportunidades também. O objetivo de todas empresas é crescer e na saída da crise estarem mais fortes e competitivas. Uma análise rápida mostrou que algumas empresas, durante período de depressão econômica, transformaram adversidade em vantagem de diferentes maneiras, mas tendo em comum estratégias que aumentam o valor percebido (value-for-money) para seus clientes/consumidores, para que esses realizem mais com os mesmos recursos e se tornem mais eficazes. Ou seja, fazer mais com menos recursos, dessa forma aumentando sua eficiência, ou fazer menos com muito menos recursos, o que os ajuda a economizar.
http://hbr.harvardbusiness.org/2009/03/value-for-money-strategies-for-recessionary-times/ar/1


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